Friday, June 29, 2007

Mostra-me só o quão errado estou...

Saturday, June 23, 2007

Palavras para Ella



Canta Ella, faz com que a tua voz baile na contra luz do meu quarto, desenhando os seus passos entre o meu fumo.
Diz Ella, o que te apetecer, não te oiço as palavras, apenas a voz entre os pianos, os violinos e o meu olhar distante, no meu fumo dos teus passos.
Sussurra Ella, deixa que as letras te escapem e se misturem com todo o ambiente preparado, tão naturalmente como qualquer outro instrumento, e torna-te assim no veículo da minha calma.
Baixinho Ella, deixa-me seguir com os meus dedos os passos da tua voz, enquanto lanço para o ar mais um arco de fumo e o deixo desaparecer na atmosfera do meu quarto. Obrigado Ella, sabes sempre como faze-lo.

Sunday, June 17, 2007

Go!

Passo...Passo...Passo...Passo...Passo... Acelera! Está tudo perfeito para o seu intuito, ainda não amanheceu e o frio de manhã já chega para o acordar. Acordar a sério! É para isso que aqui está. Não dormiu nada e chegou a um ponto que já não dá, não era uma noite para dormir. Há sempre outra maneira de contrariar a mente, e é por isso que aqui está. Aprendeu com o tempo que se esforçar o corpo cansa a mente, e agora é cansada que a quer, para que tudo se canse sem que tenha de se cansar do mundo.
Corre! O asfalto passa-lhe por baixo dos pés. Corre! A paisagem passa-lhe ao lado em todos os sentidos, como que numa tela que tinha, antes, em que se vai rodando a tela para as imagens se seguirem umas às outras, mas voltando sempre ao mesmo ponto. Corre! E o ar sai-lhe dos pulmões, como que lutando contra o seu organismo por liberdade. Corre! E Corre mais! Acelera! Sem sentido, ou melhor, com o sentido no horizonte, que mal se vê, a claridade ainda não o permite. Ele prefere assim, não vendo o objectivo, não precisa de pensar quanto lhe falta para o alcançar. Agora, pensar é das últimas coisas que quer. Só quer correr, cansar-se tanto que consiga cair no chão com os músculos a contraírem. Que contraiam tanto que consigam contrair a mente, ou pelo menos, que as dores não o façam pensar em mais nada, mais nada do que pensou a noite toda. E, no entanto, isto não lhe saí da cabeça. Terá de ser mais rápido! Pedir mais do seu corpo! Pedir Demais do seu corpo, para que possa descansar a mente.
Mas porque é que ainda não está a resultar?! As Luzes artificiais sucedem-se ao que lhe parecem ser horas e nada, nem a arfar está...Mais! Mais rápido! Mais depressa! Mais vontade!
Desespera! Grita! Esbraceja! Fecha os olhos, vai deixar tudo nas mãos do acaso. Só quer simplesmente que aquilo pare, que tudo pare. Sente os pés a largarem o asfalto e deixa-se voltar a ele, sem reacção.






Amanhece.

Saturday, June 9, 2007




One is the loneliest number
That you'll ever do
Two can be as bad as one
It's the loneliest number since the number one

No is the saddest experience
You'll ever know
Yes, it's the saddest experience
You'll ever know
Because one is the loneliest number
That'll you'll ever do
One is the loneliest number
That you'll ever know

It's just no good anymore
Since you went away
Now I spend my time
Just making rhymes
Of Yesterday

Because one is the loneliest number
That you'll ever do
One is the loneliest number
That you'll ever know
That you'll ever do
One is the loneliest number
One is the loneliest number
One is the loneliest number
One is the loneliest number
Much much worse than two
One is a number divided by two





Friday, June 8, 2007

These LITTLE Piggies...

São grandes demais...não era para ser assim. Eu não sou grande, para que quero eu isto?!
Não tenho a força para as calejar nem o jeito para as controlar, são simplesmente grandes... Grandes demais. Sei lá eu o que fazer com elas. Agarrar coisas, para que quero eu isso? Se tivesse o controlo sobre elas, aí conseguiria ter as coisas nas mãos sem que elas ganhassem vida própria e magoassem o que lá estivesse, mas não...não há controlo nelas, são só armadilhas à espera que a próxima presa apareça. Não são Mãos, são garras. Garras maiores que tanta coisa... e rápidas, tão rápidas, nem tens o tempo de ver, já envolveram o pescoço e apertam, enquanto nos entretemos distraídos com elas, e vemos que são grandes e têm belas formas. Mas e então? Belas formas não fazem belos gestos e a maior anarquia instala-se, porque são GIGANTES, simplesmente grandes demais.
Se emanam calor? Sim, é claro, quando a cabeça arrefece na almofada e elas se entrelaçam com os lençóis. Aí sim, brincam como crianças, na pura quietude de não magoar ninguém.